top of page

ENES 2017 - Análise


Faz hoje cerca de uma semana desde que regressámos de Coimbra, onde desfrutámos do Encontro Nacional de Estudantes de Sociologia. Para quem nunca tinha usufruído de um evento como este, tenho a dizer que excedeu as minhas expectativas, com um nível muito positivo.


Partimos de Lisboa com um grupo de 14 pessoas, em direcção a Coimbra, sem noção do que era um encontro nacional de uma licenciatura. Chegámos à cidade mais académica do país, onde se sente a força dos estudantes a pairar no ar, fomos muito bem recebidos e acomodados.


Deste encontro destaco, na minha modesta opinião, 3 das conferências que mais me marcaram e me permitiram extrair diferentes visões e adquirir conhecimento e dados estatísticos que até à data não tinha presente em mim. Em primeiro lugar, abordo a conferência intitulada de “ O lugar da mulher é…”, onde pude confirmar e pôr em prática ensinamentos adquiridos no ISCSP nas aulas de Sociologia da Família e Sociologia do Género. Em segundo, abordo a palestra de nome “Haverá uma política apartidária?”. Destaco este momento, devido à intervenção do antigo Primeiro-Ministro José Sócrates, que considero ter sido bastante positiva, ainda que os protestos iniciais tenham tido mais foco por parte da imprensa do que propriamente o seu discurso. Esta conferência permitiu receber conhecimento de um indivíduo que conhece a política portuguesa de dentro para fora, mas também deu hipótese a todos os presentes de dirigirem as suas questões ao Engenheiro José Sócrates. Para terceiro momento, escolhi a primeira conferência com que fomos brindados à chegada a Coimbra. “Radicalismos: E a liberdade onde fica?”, exibiu na minha opinião, a razão pela qual o painel do Encontro Nacional teve tantas críticas. Para quem sabe a postura que um sociólogo deve ter, neutra, sem representações e distante do senso comum, percebeu que nesta conferência o Frei Bento Domingues seguiu estas directrizes, mas o excelentíssimo José Milhazes deixou as suas ideologias e cores partidárias virem ao de cima. Ainda assim foi uma sessão produtiva, tal como referi no artigo que escrevi para O Cacique a semana passada.


Para balanço final, creio que esta iniciativa que houve por parte do Núcleo de Estudantes de Sociologia da Universidade de Coimbra, da FEUC, merece todos os aplausos, de norte a sul do país. Creio que o Encontro Nacional de Estudantes de Sociologia deve passar a ter um carácter vinculativo e anual. Isto porque motiva todos os estudantes de Sociologia do país, que encaram estes eventos sempre com bons olhos, mas também porque é nestes fóruns que a Sociologia, enquanto ciência, ganha espaço na sociedade.


Enquanto aluno e presidente do Núcleo de Estudantes de Sociologia do ISCSP, resta-me apelar a todos os estudantes que adiram mais a estas iniciativas.


Até para o ano ENES!


bottom of page