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O que não é um liberal?


O liberal tem que destruir preconceitos. Tanto que até considero qualquer liberal, atualmente, mais (r)evolucionário do que muitos radicais. Em todo o lado taxam o liberal disto ou daquilo, manifestando que sequer a pessoa que emite a desinformação alguma vez percebeu este pensamento.


Ele tem um discurso que coloca os cabelos em pé de muita gente. Pois então, o que não é um liberal?


Ele não é conservador, ele não é contra a ascensão e (outros tipos de) políticas sociais que promovem a independência individual. Ele não é sistémico. Ele não é Reagan, nem Thatcher, nem Clinton ou Obama. Ele não é anti-Estado, ele é a favor de um melhor Estado. Ele está farto de um Estado que é grande de mais para os pequenos problemas e falho para os problemas sérios. Estado esse que é adepto do clientelismo e favoritismo, que levam à corrupção e anula a inovação.


Ele não é anti-povo ou pró-elite, não é de direita e nem de esquerda, ele não é monopolista da virtude ou moralista, porque isso apenas separa mais do que une. Isso divide para que outros reinem. Porque ele gosta de ser um cidadão, e também porque ele não gosta de monopólios, oligopólios e cartéis.


Ele não acredita numa alternativa ou que não hajam alternativas, ele acredita em várias alternativas. Ele procura o que permite mais e nunca o que permite menos e dessa forma evita que seja ferida a autonomia do indivíduo.


Ele não é contra a pluralidade de opiniões, normalmente ele até gosta de ter amigos comunistas e conservadores. Porque ele não é contra a crítica, pelo contrário a vê como desafiante, construtiva e capaz de levar a caminhos até então não alcançados. Porque ele é aberto à diferença e tem confiança nos seus ideais.


Ele não é idiota. Se ele vê que algo comprovadamente melhora a qualidade de vida das pessoas no longo-prazo e comprovadamente não feriu a liberdade de ninguém, ele aceita a inovação social criada. Pois ele gosta de pensar e de pensar fora da caixa.


Algumas pessoas pensam que isto é confuso. Não deveriam, afinal o óbvio nem sempre é a verdade. Assim como o Sol não gira à volta da Terra, também a solução para vários problemas sociais e políticos não será fazer o que à primeira vista parece óbvio, mas deve sim ser feito algo refletido, bem debatido e deliberado. Se não fizermos isto, corremos o risco de fazer mais do mesmo e cometer os mesmos erros do passado. Como evitar isso? Temos um problema, à sociedade é transmitido que é chato ler e refletir, ou seja, pensar. Logo, será chato ser a favor da Liberdade.


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