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Páscoa à moda da Maria


12 de Abril, 4 Abril, 23 de Abril, 15 Abril, 31 Março, 20 Abril, 11 Abril, 27 Março, 16 Abril, 8 Abril, 23 Março, 12 Abril, 4 Abril, 24 Abril, 8 Abril, 31 Março, 20 Abril, 5 Abril, 27 Março e 16 Abril são dias que algo têm em comum, a Páscoa. Todos estes dias são as Páscoas pelas quais já passei e recordo como um dia em família.


Havia anos em que rumávamos ao Norte do país, para passar a Páscoa onde rede era impossível encontrar e tudo o que víamos à nossa volta era o verde dos eucaliptos e o cheiro intenso da natureza. Lembro-me de almoçarmos o típico cabrito com batatas assadas e depois de almoçar eu tinha de dormir a sesta para o "coelhinho da Páscoa" esconder os ovos pelo pátio. Na verdade nunca percebi a razão de um coelho, trazer ovos... faria mais sentido se fosse a "galinha da Páscoa". Era isso que me tirava o sono e fazia com que a hora da sesta fosse quase tão longa como a noite de Natal. Era tão divertido correr os canteiros de plantas, as mesas e cadeiras, bem como todos os buraquinhos onde pudessem estar escondidos os ovos, mesmo que fosse um sacrifício procurar em sítios que provavelmente encontraria bichos, só para me certificar que não escapava nenhum ovo. Contudo havia sempre um ou outro que ficava perdido e acabava por ser encontrado uns dias mais tarde. Lembro-me tão bem destes dias da minha infância e o mais estranho é que parecia que mais nenhuma criança, pelo menos das que eu conhecia, tinham este hábito da caça aos ovos.


Atualmente, claro que já não participo na caça aos ovos, mas participo na arte de esconder os ovos. Uma criança consegue ser muito perspicaz no que toca a encontrar guloseimas... E no outro dia, deparei me com um anúncio de televisao onde representam a cena de procurar os ovos pela casa, o que me fez recordar os meus tempos de inocência e ficar contente, pois talvez existam mais crianças a poder ter esta experiência no dia de Páscoa.


A Páscoa pode ser um dia extremamente bem aproveitado, se for junto daqueles que nos fazem sentir felizes, não tendo muita importância o sítio onde é passado. Com o passar do tempo, tornou se difícil passarmos este dia na tranquilidade do Mosteiro, mas continuamos a comer cabrito e são os meus primos que agora têm a mesma oportunidade que eu tive de apanhar ovos, só que na varanda.


O essencial que eu retiro disto é que cada um tem as suas formas de festejar ou nem festejar este feriado, mas na minha família, independentemente do sítio, podemos continuar a nossa tradição porque o que conta é estarmos juntos. Obviamente que tudo isto parece demasiado clichê, mas ao menos, ainda sei que neste dia posso acreditar no coelho da Páscoa porque é a nossa forma de viver a Páscoa.


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